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Opinião

CAMPANHA PROPOSITIVA

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Por Editorial | Edição do dia 16/08/2022

Matéria atualizada em 16/08/2022 às 04h00

Terminou ontem o prazo para o registro das candidaturas que disputarão as eleições este ano para escolha de presidente da República, governador do Estado, senador e deputados. Agora começa de fato a campanha eleitoral, primeiramente nas ruas e redes sociais e, na próxima semana, no rádio e na TV. Em Alagoas, sete candidatos estarão na disputa para ocupar o Palácio República dos Palmares.

Mesmo sendo um estado pequeno, um dos menores do País, Alagoas sempre teve papel relevante na história política nacional. Foi daqui que saíram três presidentes da República, entre eles os dois marechais que consolidaram o regime republicano. O Estado também legou ao País muitos intelectuais, como Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Pontes de Miranda, Artur Ramos, Nise da Silveira, Aurélio Buarque de Holanda e Lêdo Ivo. Nas últimas décadas, entretanto, Alagoas vem apresentando indicadores sociais negativos em várias áreas: educação, saúde, saneamento, segurança pública. Somos o estado com maior número de analfabetos e estamos entre os mais violentos. O desemprego aqui também é um dos maiores do País. Atualmente mais de 500 mil famílias dependem dos programas sociais do governo federal. Como consequência disso, na década passada o Estado permaneceu em último lugar no IDH interno – índice que mede o desenvolvimento humano – com média de 0,631 estando abaixo da média nacional. Alagoas também possui um deficit habitacional enorme. O crescimento de atividades informais e a falta de alternativas fazem com que mais famílias vivam marginalizadas, ocupando áreas de risco. Alagoas já viveu fases de pujança econômica mas também períodos de estagnação. Com isso, há muitas demandas a serem atendidas. Cabe aos candidatos, portanto, apresentar propostas concretas e factíveis para mudar essa realidade. Nesse período eleitoral, os alagoanos, mais do que nunca, esperam uma campanha propositiva, sem agressões nem promessas vazias. A realidade exige mais do que pirotecnia. Exige compromisso com a população mais sofrida, que mais depende do poder público e renova a esperança a cada eleição

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