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Maceió,
Nº 5693
Política

‘PIOR ESPÉCIE DE POLÍTICO É O QUE FAZ LIVE E VENDE ILUSÃO’

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Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 25/01/2020

Matéria atualizada em 25/01/2020 às 06h00

A crise urbana que envolve, até o momento, o bairro do Pinheiro, mas com reflexos no Mutange, Bebedouro e Bom Parto, também foi enfrentada pela gestão, vereadores aliados e, principalmente, parte da bancada federal sem qualquer tipo de apoio do governo do Estado. Ao invés de frequentar as áreas atingidas, “fazer lives”, publicar fotos e ficar no discurso, ele lembra que preferiu agir de modo racional e com os elementos técnicos de que dispunha. Isso não significa que não tenha tentado interagir com o governador Renan Filho (MDB), tanto que chegou, por meio de carta, a pedir um encontro. Entretanto, na semana em que isso ocorreria, o pai do governador, senador Renan Calheiros (MDB), disparou algumas farpas por meio das redes sociais que foram prontamente respondidas e azedou ainda mais a relação, impedindo também qualquer tipo de ação conjunta. “Na verdade, muita gente foi ao Pinheiro e tem usado o bairro para fazer politicagem. A pior espécie de política é a pessoa ir até lá e fazer uma live ou selfie, vender ilusão e desaparecer. Infelizmente vimos isso de vários personagens [Renan Filho e João Henrique Caldas] da política alagoana. A prefeitura, desde que o problema surgiu, foi o ente que esteve presente. Quero destacar aqui a atuação do secretário Dinário Lemos (Defesa Civil) e do secretário de Governo e vereador Eduardo Canuto. Eles deram a ‘cara a tapa’ literalmente”, relembra. A partir daquele momento, ele conta que foi buscar parcerias como a que foi selada com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o governo federal e a CPRM. Segundo o prefeito, foi ação técnica e conjunta, mas com destaque para os técnicos especialistas em mineração, que confirmaram as suspeitas de envolvimento da Braskem com o caso. “A prefeitura esteve sempre presente. Infelizmente, o governo do Estado quando percebeu que o problema era mais complexo se omitiu completamente, o que foi lamentável. Nós, pelo contrário, percebemos que era de difícil solução e fomos buscar apoio junto ao Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e eu fui pessoalmente várias vezes à Brasília falar com o governo federal. Graças à Deus, agora, com a Braskem assumindo a responsabilidade - após a mediação desses órgãos -, a coisa vai ter uma solução”.

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