Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 0
Política

SERVIDORES REPUDIAM TAXAÇÃO DE APOSENTADOS NA LEI DE RENAN FILHO

Categoria se reuniu à porta do Palácio, no Centro, com mensagens chamando governador de ‘carrasco’

Por THIAGO GOMES e VICTOR LIMA | Edição do dia 25/01/2020

Matéria atualizada em 25/01/2020 às 06h00

Servidores montaram tenda na porta do Palácio e passaram a manhã de sexta no local
Servidores montaram tenda na porta do Palácio e passaram a manhã de sexta no local | Victor Lima

Convocados pelo Sinteal [Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas], servidores fizeram um ato, na sexta-feira (24), em frente ao Palácio República dos Palmares, no centro de Maceió, contra a reforma da Previdência colocada em prática pelo governo do Estado. A manifestação serviu para marcar o Dia Nacional dos Aposentados e para criticar o governador Renan Filho (MDB) por ter incluído os aposentados no desconto previdenciário de 14%. No protesto, os servidores espalharam mensagens em cartazes e faixas com críticas a Renan Filho na porta da sede do Executivo e criaram até um boneco simbolizando a figura do governador. Eles tentaram chamar a atenção da sociedade para os prejuízos causados aos aposentados, especificamente. Até os que recebem um salário mínimo irão ser taxados. Tendas foram armadas e cadeiras posicionadas para abrigar os servidores durante o protesto, convocado pelo Sinteal. A presidente do sindicato, Maria Consuelo Correia, reforçou que as centrais sindicais já ingressaram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) com o propósito de derrubar a reforma. “Nós não temos o que comemorar neste Dia dos Aposentados. Hoje é dia de protesto, de manifestações. Não dá para aceitarmos uma taxação aos aposentados num estado tão pobre”, destaca. Ela disse que o Maranhão, por exemplo, só vai taxar a partir de R$ 6 mil. “Enquanto o governo Renan Filho quer empurrar goela abaixo. Vamos até a instância final para que possamos reverter. O governo, em sua live, passa uma Alagoas perfeita, então, porquê fazer as classes mais baixas sofrerem?”, indaga. A presidente do Sindprev/AL, Valda Lima, afirmou que uma agenda será construída com os demais sindicatos para reverter as perdas dos trabalhadores. “O governo não tem se importado, não se reúne com as classes, quer apenas impor as mudanças. A gente pede que o povo se junte a essas entidades e nós ajudaremos no que for possível. Quem tem que dar o tom das coisas é a população sofrida deste Estado, não o governador”, diz. Ela completa que a corrupção está afundando o País. “A gente vê tanto dinheiro indo pra o ralo, tantos desvios, e a população à mercê, a morrer, porque o governo não está tendo compromisso com essa Nação, de entender que a vida humana está indo embora por falta de compromisso e responsabilidade”. Atos semelhantes também aconteceram em outras partes do País, levando-se em consideração que havia um chamamento feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para que os sindicatos locais se mobilizassem no sentido de chamar a atenção da sociedade para os prejuízos causados pelas aprovações de reformas previdenciárias nos estados, que só causaram prejuízos aos servidores. A reforma da previdência proposta por Renan Filho foi aprovada em dezembro do ano passado em tempo recorde de tramitação na Assembleia Legislativa. Apesar da mobilização do funcionalismo, o texto passou pelos deputados da forma como a equipe governista planejou.

Mais matérias desta edição