O trabalho parlamentar em Alagoas segue na mesma tendência das sessões do Senado Federal, de forma remota. Tem sido assim na Assembleia Legislativa Estadual (ALE) desde o início da semana. Já a Câmara Municipal de Maceió só deve voltar a discutir os problemas da capital na próxima semana, dia 7, no período da tarde. Segundo informações da assessoria de comunicação da Câmara, os preparativos técnicos com a criação de uma sala virtual para garantir a interatividade entre os vereadores está sendo finalizada. A medida atende as exigências adotadas em todo o país para evitar aglomerações. A orientação para a instalação foi do presidente Kelmann Vieira (PSDB) com a concordância da Mesa Diretora da casa, que na última semana de trabalho presencial já vinha articulando a necessidade de atender ao pedido da Organização Mundial de Saúde (OMS) e posteriormente do Ministério da Saúde. Pelo formato apenas contando com uma boa conexão de rede, os vereadores poderão interagir de qualquer ponto da cidade ou até mesmo de fora dela. As pautas e projetos serão distribuídos de forma online para facilitar a leitura prévia. As comissões poderão manter a mesma estratégia de reuniões, no caso sendo articulada pelos respectivos presidentes. Desta forma, a Casa acredita que vai evitar o acúmulo de trabalho, ao mesmo tempo em que estará mobilizada para atender a qualquer demanda do município em relação ao combate do coronavírus. No prédio do legislativo municipal, o esquema de trabalho é em forma de rodízio. Ainda assim, uma parte dos servidores tem feito trabalho remotamente, como por exemplo os que têm mais de 60 anos. Já a assessoria dos parlamentares cada um ficou livre para orientar como será feito o trabalho. A maioria, porém, aderiu também ao trabalho remoto para facilitar o trabalho com o vereador titular, bem como suas respectivas bases, e o atendimento ao público reduzido a contatos individuais. Mesmo passando a correr de forma remota, a Câmara pretende transmitir as sessões virtuais para acompanhamento público pelo mesmo canal no Youtube que atualmente já serve diariamente a Casa.

PEDIDO

Por conta da suspensão temporária das atividades, a vereadora Silvânia Barbosa (PRTB) protocolou na Prefeitura de Maceió pedido para a suspensão do pagamento da taxa de ocupação para ambulantes da capital. Segundo a vereadora, a medida é decorrente da situação de ausência do trabalho externo provocada pela necessidade de contenção do coronavírus. Em princípio, a medida seria para enquanto durar o decreto de isolamento. Porém, por conta da incerteza sobre o retorno ao trabalho, Silvânia Barbosa decidiu ampliar e deixar em aberto e valer para enquanto as autoridades julgarem necessário o distanciamento entre as pessoas. “Os boletos e a fome não esperam. Essa é uma contrapartida que o município poderia dar sem grande impacto nas contas públicas. Temos assistido várias medidas econômicas do governo do Estado e a destinação de alguma verba, ainda que insuficiente, do governo federal. O município também precisa se engajar e ajudar no que for possível”, disse. Conforme explicou a vereadora, a ação do município será mais um auxílio para o segmento dos informais, já que mesmo após a aprovação da Câmara dos Deputados, do Senado e até mesmo da sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ‘coronavaucher’ de R$ 600 para a categoria ainda não começou a ser pago. A matéria protocolada no início da semana ainda não teve uma posição do prefeito Rui Palmeira e nem da área técnica da gestão municipal.