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Maceió,
Nº 5693
Política

PREFEITOS COBRAM PROJETOS NAS ÁREAS DE ÁGUA E ESGOTO

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Por arnaldo ferreira | Edição do dia 04/07/2020

Matéria atualizada em 04/07/2020 às 06h00

O marco legal do saneamento aprovado no Senado ganhou adesão de parlamentares, prefeitos, sindicalistas e da maioria dos segmentos da sociedade civil organizada. A maioria, porém, critica a decisão do executivo estadual de gastar mais da metade do empréstimo de R$ 724,5 milhões (US$ 136,2 milhões) em construção e duplicação de estrada. A prioridade neste momento de pandemia é outra, observa, por exemplo, o deputado estadual Cabo Bebeto (sem partido). Cabo Bebeto lembrou que o empréstimo teve o aval do governo federal e quer transparência. “Alagoas carece de ações na infraestrutura para atrair investimentos. O que precisamos cobrar é transparência na aplicação desses recursos para que não sejam usados de forma indevida e acabem apenas ampliando o endividamento do Estado. Isso não pode ocorrer, ainda mais nesse momento de recessão por causa da pandemia”. O parlamentar destaca a necessidade de obras de saneamento e estruturantes para as regiões mais pobres de Alagoas. “Esse tem que ser o foco. Infelizmente, o que vemos em muitos casos são recursos desperdiçados e a conta ficando para o próximo governo”, lamentou. Além de apoiar o marco legal que promete água de qualidade e coleta de esgoto para 90% da população, o deputado defende a privatização ou parceria público privada dentro de modelos que possibilitem o investimento do setor privado para melhorar a eficiência na prestação dos serviços. “A Casal não consegue fazer uma ação desta pela forma como se encontra a empresa, pois não tem capacidade para investir”. O deputado Davi Maia (DEM) disse que a aprovação do marco legal do saneamento vira a chave de como o Brasil trata o saneamento nos últimos anos. “Ajudará muito na saúde da população. São mais de 100 milhões de brasileiros sem sistema de saneamento básico e 34 milhões sem água tratada”. Lembrou que o texto aprovado vai para sanção do presidente Jair Bolsonaro, prorroga o prazo para o fim dos lixões, facilita a privatização de estatais e extingue o modelo atual de contratos entre municípios e empresas estaduais de água e esgoto.

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