Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 0
Política

MORADORES DE BAIRROS QUEREM MUTIRÃO PARA AGILIZAR INDENIZAÇÕES

Movimento S.O.S Pinheiro teme que aumento da área de desocupação gere ainda mais demora nos pagamentos

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 01/08/2020

Matéria atualizada em 01/08/2020 às 06h00

Centenas de imóveis já começaram a ser derrubados no bairro do Pinheiro e famílias seguem preocupadas
Centenas de imóveis já começaram a ser derrubados no bairro do Pinheiro e famílias seguem preocupadas | © Ailton Cruz

No boletim técnico número dois das ações do Serviço Geológico do Brasil (antiga CPRM) de monitoramento do terreno nos bairros afetados pela mineração da Braskem confirma que minas permanecem desmoronado. Coincidentemente, mais casas fora das áreas de risco apresentam rachaduras e o chão está afundando. A TV Gazeta, durante a semana, mostrou flagrantes de rachaduras e afundamento do solo. O agravamento dos problemas motiva os moradores e empreendedores a solicitarem um mutirão para acelerar as indenizações previstas de serem concluídas em dois anos, conforme acordo assinado na Justiça Federal. Por outro lado, a falta de pessoas treinadas e o excesso de burocracia nos processos de indenizações são mais lentas que o agravamento geológico nos bairros afetados, reclamam os líderes comunitários. “Outras áreas do Pinheiro e dos bairros vizinhos apresentam rachaduras nas ruas e nas casas. Os problemas agora seguem em direção à Avenida Fernandes Lima, nas imediações da rua Sargento Álvaro Almeida”, disse o coordenador do Movimento S.O.S Pinheiro Geraldo Vasconcelos. “O mutirão das indenizações das 6.500 casas e apartamentos têm que acontecer logo para tirar o atraso. Vem mais imóveis aí para a lista das indenizações. A gente percebe isso e torcemos para que não ultrapasse a Avenida Fernandes Lima”, disse. O bairro do Bom Parto é outro exemplo de expansão dos problemas e de incerteza na reparação dos prejuízos. Lá tem mais 312 casas previstas para indenizações. Porém, 1.800 estão em situação de risco, com rachaduras aumentando nas paredes, estruturas de sustentação abaladas e o piso afundando, disse um dos líderes comunitários, José Carlos da Silva. Apesar do risco, as casas que ficam próximo da margem da lagoa não fazem parte da zona de perigo definida pelo Serviço Geológico do Brasil e nem pela Defesa Civil. A Braskem informa que as 312 casas que fazem parte da zona “F” do Bom Parto receberão a visita de técnicos para avaliar a situação nos próximos dias.

Mais matérias desta edição