A candidata Valéria Correia (PSOL) afirmou, na sabatina promovida pelos veículos da Organização Arnon de Mello (OAM), que pretende administrar Maceió visando ao combate à desigualdade social e prometeu colocar em prática um projeto-piloto para criação de uma frota pública de ônibus, o que, na avaliação dela, poderia reduzir a tarifa do transporte coletivo. Ela sustentou o discurso contra a extrema direita e o Governo Bolsonaro. Durante a entrevista, Valéria afirmou que a sua gestão à frente da Universidade Federal de Alagoas a credencia para ocupar a chefia do Executivo municipal, apesar de não ter sido reeleita para o comando da Ufal. Questionada sobre isso, ela disse que nem sempre os melhores candidatos são eleitos. “Exemplo disso é o Governo Federal, cuja administração está destruindo a natureza, sendo conivente com as queimadas, com o desmatamento, enaltecendo a fuga de capitais estrangeiros para o País. Mesmo assim, elegeu-se respondendo processos por espalhar fake news. A nossa candidatura na Ufal também sofreu ataques de notícias falsas, mas deixamos um legado incontestável e os resultados estão aí, com desempenho dos cursos no Enade. Colocamos a universidade em rankings nunca vistos, entregamos mais de 25 obras, fizemos uma Bienal histórica no Jaraguá e deixamos a Ufal entre aquelas com menores índices de evasão”, detalha.

Quanto a ser candidata de última hora pelo PSOL, Valéria explicou que seu nome já vinha sendo cogitado em debates internos entre os membros do partido, mas o cargo de reitora e alguns fatores de ordem pessoal acabaram postergando a definição. “Eu fui convencida devido à conjuntura local e nacional, já que havia articulação de várias candidaturas bolsonaristas em Maceió. Nossa candidatura é necessária para reafirmar a democracia e na defesa do Estado Democrático de Direito”. A falta de consenso entre as siglas partidárias com ideologias de esquerda também foi repercutida pela candidata. Valéria avalia que este cenário é histórico e afeta as candidaturas de direita na mesma proporção. “Mas, a esquerda se uniu para combater um crime eleitoral praticado pela extrema direita que atacou de forma ofensiva, por meio de outdoors espalhados na cidade. Isto foi uma desonra à sociedade. A extrema direita é negacionista, destrói o País, nega a ciência, minimiza a pandemia e negligencia as mortes, ataca as universidades, que são patrimônio do povo brasileiro”. Na sabatina, ela ainda criticou a postura do poder público no caso da instabilidade do solo em bairros da capital, causada pela exploração de sal-gema, pela Braskem. “Passar a boiada é, também, passar a mão na cabeça da Braskem. Estamos diante de um crime ambiental e não se pode tratar como uma tragédia. Falta rigor da gestão municipal para responsabilizar quem causou este problema”.

PROGRAMAÇÃO

Na próxima segunda-feira (26), a partir das 8h30, a TV Mar - canal 525 da NET/Claro - dá continuidade à sabatina com o candidato Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB). A série de entrevistas acontece até o dia 30 de outubro e é transmitida, simultaneamente, pelos três veículos da OAM.