O Dia do Servidor Público, nesta quarta-feira, será marcado pelo silêncio nas ruas. Nas redes sociais a CUT-AL vai dar início a mobilização para construir um grande ato contra a reforma administrativa. Dezenas de entidades representativa dos servidores irão construir os protestos virtuais. Segundo a presidente da entidade, Rilda Alves, a falta de ato na rua não esconde a decepção com os quatro anos sem reajuste salarial, agora, seguido do decreto presidencial que alinha com os estados o congelamento de salários por conta da pandemia de Covid-19. “Se já não tínhamos o que comemorar por conta da falta de reajusta para as categorias, agora com a prorrogação por mais 16 meses de congelamento, a situação do servidor fica ainda pior, já que tem perdido o poder de compra a cada ano”, disse. Ela lamentou o fato da medida também alcançar os trabalhadores da saúde que estiveram na linha de frente do combate ao Covid-19, inclusive com riscos a própria vida. Por esta razão foi enfática em dizer que no dia do servidor não há o que comemorar. Ainda pesa no caso dos servidores alagoanos a mudança de alíquota de desconto do Alagoas Previdência de 11% para 14%, que incluiu os aposentados. “Não podemos esquecer que a reforma administrativa também é outro ponto de preocupação pois sabemos que o desejo do governo é atingir os trabalhadores. Por isso estamos construindo com todos os segmentos dos servidores a conscientização da sociedade sobre o que isso representa para a qualidade dos serviços”, diz.