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Maceió,
Nº 5692
Política

SETOR PRODUTIVO PRESSIONA PARA REABERTURA DE ESTABELECIMENTOS

Empresários informam ainda que, na Região Nordeste, apenas Alagoas e Sergipe seguem com restrições

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 14/04/2021

Matéria atualizada em 14/04/2021 às 04h00

Lojas do Centro de Maceió seguem fechadas em parte da semana por conta do decreto que colocou AL na fase vermelha
Lojas do Centro de Maceió seguem fechadas em parte da semana por conta do decreto que colocou AL na fase vermelha | © Ailton Cruz

O adiamento da coletiva do governador Renan Filho (MDB), ontem à noite, só fez aumentar as especulações sobre as divergências de sua gestão com o setor produtivo alagoano. Horas antes do compromisso com a imprensa, que acabou não ocorrendo, os empresários divulgaram uma nota onde reafirmavam a união do segmento. Os empresários voltaram a contestar os efeitos das medidas adotadas pelo Executivo que colocou o Estado na fase vermelha, com restrições de funcionamento de estabelecimentos comerciais. “As lideranças do setor produtivo de Alagoas reforçaram a unidade para enfrentar a crise de saúde e econômica causada pela pandemia do novo coronavírus e cobraram do governo estadual a necessidade de reabertura gradual de setores da economia”, diz a nota. Segundo os empresários, a posição da categoria foi formalizada ao secretário de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Rafael Brito, e ainda ao Chefe do Gabinete Civil, Fábio Farias. No ofício encaminhado aos dois secretários, foram apresentadas várias propostas. A principal delas, considerando os efeitos danosos para as empresas, incluiu um “socorro financeiro às atividades econômicas”. No documento, os empresários informaram ainda que na Região Nordeste, apenas Alagoas e Sergipe optaram por manter restrições mais severas ao setor comercial com o fechamento, redução e proibições. Eles lembram que os efeitos dessa posição afetou diretamente setores agregados como o de eventos, turismo, além de bares e restaurantes. “A preocupação do grupo de empresários e entidades representativas, capitaneados pela Associação Comercial de Maceió e pela Federalagoas, é fazer com que a economia volte a funcionar, de forma responsável e gradual, para que as empresas consigam continuar existindo, mantendo, também, os empregos de milhares de pessoas”, diz outro trecho da nota. Conforme foi discutido internamente, os empresários estão convencidos de que é possível promover a reabertura parcial e gradual de parte da economia. Sem citar números envolvendo a pandemia, mas com base na realidade econômica com a qual estão lidando desde as restrições, os empresários lembram que a suspensão das atividades, as segundas do comércio e as terças dos shoppings contribuem para aglomerações. Elas estariam ocorrendo nos bairros periféricos da capital onde residem boa parte dos trabalhadores. “Outro ponto fundamental é a questão do resgate financeiro das empresas. Entre as propostas estão a instituição de um PROFIS Estadual do Covid, envolvendo os tributos estaduais de qualquer natureza, com fatos geradores ocorridos até a competência março/2021, com isenção de multa e juros; a suspensão da exigência do pagamento do ICMS antecipado; o pagamento de ICMS de qualquer natureza, relativo ao período de Abr2021 a Dez2021, em 6 parcelas, sem multa e juros”, dizem os empresários. A posição do setor produtivo é assinada por 10 entidades representativas dos vários segmentos. Um detalhe importante é que para sustentar parte dos argumentos eles usam o que vem sendo propagado pelo governo.

* Com assessoria

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