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Política

PANDEMIA AFASTA 2.071 POLICIAIS DO TRABALHO EM ALAGOAS EM 2020

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, desse total, 1.980 eram policiais militares, o equivalente a 95,6% do registrado

Por Nealdo | Edição do dia 21/07/2021

Matéria atualizada em 21/07/2021 às 04h00

Policiais militares de AL foram os mais afetados pela pandemia de Covid-19, segundo Fórum
Policiais militares de AL foram os mais afetados pela pandemia de Covid-19, segundo Fórum | @Ailton Cruz

A pandemia de Covid-19 afastou 2.071 policiais alagoanos do trabalho no ano passado, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado na quinta-feira (15), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Desse total, 1.980 eram policiais militares - o equivalente a 95,6% do total de profissionais afastados. O levantamento mostra que a taxa de policiais afastados em decorrência da Covid-19 foi de 226,1 profissionais para cada 100 mil habitantes.

No ano passado, o anuário revela que 8 policiais alagoanos morreram em decorrência das complicações de Covid-19. Desses, seis deles eram policiais militares e dois civis.

Em todo o País, 130.946 policiais - entre civis e militares - foram afastados de suas funções por causa da pandemia, uma taxa de 250,4 por 100 mil habitantes. São Paulo aparece com o maior número de policiais afastados, com 29.093 ocorrências, seguido do Rio de Janeiro (18.142 afastamentos), Minas Gerais (17.223) e Bahia (10.022). Na outra ponta, o Amapá aparece com o menor número de policiais afastados, com 344 casos. Em seguida, aparecem Rio Grande do Norte (385), Roraima (494), Acre (808) e Maranhão (901). Para o fórum, muitos profissionais de outras categorias puderam realizar o trabalho remotamente, mas aqueles da Segurança Pública, por estar na categoria de serviço essencial, não tiveram essa opção. “Portanto, tiveram que continuar nas ruas, nas investigações, nos atendimentos, visando garantir a segurança da população, um direito fundamental”, diz o documento. “Desta forma, os profissionais de Segurança Pública continuaram expostos nas abordagens, realizando prisões e apreensões e, com isso, muitos foram infectados pelo novo coronavírus”, completa. O documento ressalta, ainda, que, de certa forma, “novas” atribuições foram incorporadas à rotina dos policiais: controle da circulação de pessoas fora dos horários permitidos, fiscalização de estabelecimentos comerciais, bares e restaurantes, atendendo a decretos estaduais adotados em diversas unidades da federação como maneira de contenção do contágio da doença. “Não se trata aqui de estabelecer causalidades diretas entre a ocorrência da pandemia e o aumento na vitimização policial, mas de ressaltar a sobrecarga sem precedentes nas instituições pelo impacto da pandemia de Covid-19”, destaca o fórum.

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