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Política

BOLSONARO DEFENDE INVESTIGAÇÃO DO CONSÓRCIO NORDESTE

Em entrevista a emissoras de rádio, presidente questiona transação para a compra de respiradores ainda durante o início da pandemia

Por thiago gomes | Edição do dia 29/07/2021

Matéria atualizada em 29/07/2021 às 04h00

Na entrevista, Jair Bolsonaro também chamou o sistema de votação do Brasil de arcaico
Na entrevista, Jair Bolsonaro também chamou o sistema de votação do Brasil de arcaico | Agência Brasil

Na entrevista que concedeu ao jornalista Magno Martins, do Blog do Magno, veiculada em cadeia no Nordeste, inclusive pelas emissoras de rádio da Organização Arnon de Mello (OAM), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu apresentar provas, nesta quinta-feira (29), durante a tradicional ‘live presidencial’, de que houve fraude nas eleições presidenciais de 2014 e de 2018. Ele também defendeu a investigação contra o Consórcio Nordeste pelo calote dos respiradores. Na pergunta sobre a defesa do voto impresso, Bolsonaro diz acreditar que o pleito de 2014 foi manipulado para que Dilma Rousseff fosse a vencedora. Quatro anos depois, ele afirma que a fraude se repetiu para levá-lo ao segundo turno. “As conclusões que se chegam ali é que o Aécio Neves ganhou as eleições. Em 2018, nós vamos demonstrar que ganhamos as eleições no primeiro turno”, destacou. Ele chamou o sistema de votação do Brasil de arcaico, passível de manipulação fácil e que carece de confiabilidade. Mais uma vez, Bolsonaro diz que se o voto impresso não for implantado no País, as eleições do ano que vem não serão limpas. “Logicamente, o que nos preocupa é um sistema eleitoral que deixa muita dúvida perante a opinião pública. Nós queremos uma maneira de termos eleições democráticas. Queremos um voto democrático com a comprovação do papel ao lado da urna. Ninguém vai escrever o nome no papel. Tudo isso é automático. O ‘elemento’ digita o nome das pessoas, ele vê na tela, uma maquininha imprime, ele viu que está de acordo e aperta o botão”, comentou. Antecipando as discussões para a possível polarização entre a candidatura dele e a do PT, o chefe da nação fez uma série de críticas ao ex-presidente Lula, que já se lançou à disputa. “E aí, ao fazer uma comparação comigo, a gente vê que mudou da água para o vinho o nosso Brasil. Ele fez o quê? No tocante à obra, fez fora do Brasil. Na Educação, não deixou nada. Juntou uma série de programas e num novo nome, criou o Bolsa Família”.

E completou: “Foi um governo que comprou apoio parlamentar com dinheiro, mensalão, entregando estatais, BNDES, bancos oficiais, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Também loteou praticamente todo o seu ministério para que essas pessoas, ao apoiá-lo no Parlamento, pudesse fazer o que bem entendia com o destino da nação, ocupando dessa forma o poder pelo poder”.

Bolsonaro ainda foi questionado sobre o caso envolvendo a compra da vacina Covaxin. Ele negou qualquer irregularidade no processo e garantiu que não gastou um real para o pagamento. Ao citar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, mencionou o nome do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, defendendo que os senadores poderiam investigá-lo pelo sumiço de R$ 49 milhões relativos à aquisições de respiradores que nunca foram entregues. O presidente fez uma crítica aos gestores que se tornam ‘pais’ de obras federais e ainda o criticam. “Se pegar algumas prefeituras, que o dinheiro é federal, dizem que o recurso é deles e ainda nos ataca. Lamento. Aos poucos, vamos mostrando à população o que estamos fazendo, com menos recursos do que eles. Então, o Rogério Marinho tem mais de 20 mil obras no Brasil, muitas são convênios com as prefeituras. Esses são bons de mentir, de se apropriar das obras dos outros”, ressalta.

Ele também assegurou que, devido aos investimentos feitos pelo governo, o Brasil não sofrerá outro apagão de energia.

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