Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 5701
Sem acordo

PROFESSORES DA UFAL DECIDEM ENTRAR EM GREVE A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

Categoria rejeitou proposta do governo federal de reajuste salarial de 9% em 2025 e 3,5% em 2026

Por Fábio Costa | Edição do dia 26/04/2024

Matéria atualizada em 26/04/2024 às 04h00

Os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aprovaram, durante assembleia nessa quinta-feira (25), a paralisação da categoria, após rejeitarem a proposta de reajuste feita pelo governo federal. A greve será iniciada nesta segunda-feira (29). Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), a greve foi aprovada com 332 votos favoráveis. Foram contabilizados ainda 16 votos contrários e 12 abstenções.

Atualmente a Ufal conta com 26 mil alunos matriculados nos 84 cursos de graduação, distribuídos em 23 Unidades Acadêmicas, na capital (53), e nos campi de Arapiraca (19) e do Sertão (8). Na modalidade de pós-graduação, são 39 programas strictu sensu oferecidos, sendo 30 mestrados e nove doutorados, que contam com 2.312 alunos, e 13 especializações. Em Educação a Distância, há quatro mil graduandos.

Com relação ao quadro de pessoal, são 1.698 servidores técnico-administrativos e 1.394 docentes, dos quais 690 são doutores. Do total de técnicos, 797 são lotados no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. A universidade conta ainda com 258 grupos de pesquisas, 1.125 linhas de pesquisa e 3.646 pesquisadores entre professores, técnicos e alunos.

A proposta mais recente feita aos professores das universidades públicas foi de reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Durante assembleia realizada em Arapiraca nessa quarta-feira (24), a proposta já havia sido rejeitada pelos docentes do Campus Arapiraca.

A reivindicação dos docentes foi 7,06% em 2024, e o mesmo percentual nos anos de 2025 e 2026.

DADOS ORÇAMENTÁRIOS

Durante assembleia no Agreste alagoano, o presidente da Associação dos Docentes da Ufal, Jailton Lira, destacou a importância de os profissionais terem acesso aos dados orçamentários. A vice-presidente da Adufal, professora Irailde Correia, reforçou a importância da adesão à greve e da mobilização da categoria como forma de pressionar o governo por uma proposta de reajuste que seja boa para o conjunto de servidores.

“Nós defendemos a greve nesse momento para fortalecer o movimento dos educadores do País e para que a gente consiga fazer uma pressão sob o governo federal, para que ele reveja essa proposta, porque não dá para a gente pensar que nós vamos ter reajuste zero em 2024, considerando o que está posto e as perdas pela inflação. Mas nós temos clareza que não dá para a gente defender uma reestruturação de carreira nesse momento, uma vez que, se o governo está com dificuldades de conceder o reajuste em 2024, essa revisão de carreira pode ser prejudicial à categoria”, disse.

Além dos professores, que vão dar início à paralisação, os técnicos da universidade já estão de braços cruzados desde o dia 20 de março. Eles também cobram, entre outras coisas, reajuste salarial.

Com o início da greve, as notificações e mobilizações do movimento paredista também iniciam. Durante a assembleia, ficou definido que a Adufal irá notificar o Andes-Sindicato Nacional e a Ufal sobre o início da greve em Alagoas.A Adufal também solicitará a suspensão do calendário acadêmico da Ufal e será realizada uma mobilização na segunda-feira (29), no Campus A. C. Simões, a partir das 7h, junto com a base do Sintufal, do Sintietfal e estudantes.

Mais matérias desta edição