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Rural

TÉCNICA MELHORA O MANEJO REPRODUTIVO

Ferramenta identifica com antecedência cio em vacas, evitando a perda de períodos de cobertura

Por EMBRAPA | Edição do dia 10/04/2021

Matéria atualizada em 10/04/2021 às 04h00

Sensores que coletam dados sobre o consumo das vacas são capazes de detectar o cio de cada animal com horas de antecedência. A possibilidade nasceu de uma descoberta de pesquisa realizada na Embrapa Gado de Leite (MG), conduzida pelo mestrando em Zootecnia Frederico Correia Cairo, da UESB. Os estudos foram feitos em parceria com a Universidade de Wisconsin-Madison e a UFMG.

Os resultados mostraram que a variação no consumo e comportamento de ingestão de água e alimento de uma vaca leiteira é capaz de revelar se o animal irá entrar no cio com até seis horas de antecedência e garante maior precisão em relação à observação visual na fazenda.

“Sensores em cochos e bebedouros eletrônicos permitem identificar variações no consumo de alimento e água, causadas pela manifestação do estro (cio) em vacas leiteiras”, diz o pesquisador da Embrapa Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, que orientou as pesquisas. 


Estudo favorece o desenvolvimento de novos sensores que identifiquem variações do comportamento hídrico e alimentar causadas pelo cio
Estudo favorece o desenvolvimento de novos sensores que identifiquem variações do comportamento hídrico e alimentar causadas pelo cio - Foto: Embrapa
 

A mudança no comportamento alimentar das vacas, quando estão próximas de manifestar o cio, foi a base para o desenvolvimento de modelos computacionais no laboratório do professor João Dórea, da Universidade de Wisconsin. Segundo ele, esses modelos irão permitir a produção de sensores para a identificação precisa e acurada de cio nas fazendas leiteiras.

Para Mariana Magalhães Campos, coorientadora do estudo e também pesquisadora da Embrapa, a detecção rápida e acurada do cio é fundamental para o planejamento reprodutivo na fazenda. “A pecuária de precisão tem evoluído bastante nesse aspecto e o estudo confirma a possibilidade de inclusão da funcionalidade ‘detecção de estro (cio)’ em cochos e bebedouros eletrônicos”, declara a cientista.

O estudo abre a possibilidade para o desenvolvimento de novos dispositivos e sensores que possibilitem identificar as variações do comportamento hídrico/alimentar causadas pelo estro. “Cochos e bebedouros eletrônicos que geram dados de forma automática ainda não apresentam a funcionalidade de gerar alertas de estro”, relata.

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