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PINDORAMA CONQUISTA SAFRA HISTÓRICA

Cooperativa formada por agricultores familiares de Alagoas alcançou, na safra 20/21, a marca recorde de um milhão de toneladas de cana processadas

Por Editoria do Gazeta Rural | Edição do dia 10/04/2021

Matéria atualizada em 10/04/2021 às 04h00

Uma marca para ficar na história. Localizada na região do litoral sul de Alagoas, no município de Coruripe, a Pindorama -cooperativa formada por agricultores familiares de Alagoas – alcançou, na safra da cana 20/21, o beneficiamento recorde de um milhão de toneladas de cana.

Em agosto do ano passado, a usina da Cooperativa Pindorama foi a primeira unidade da agroindústria canavieira do Estado a iniciar a safra 20/21, dando o pontapé para um novo ciclo da cana. 

O ciclo de moagem da usina foi finalizado no dia 17 de março, tendo uma duração de sete meses e resultando em uma moagem de crescimento de 15,5% em comparação ao ciclo anterior. Os números positivos também foram destaque no que se refere aos produtos derivados da cana, em especial, o açúcar. Com uma variação positiva de crescimento de 20%, ante a moagem passada, a usina de Pindorama produziu 56.613 toneladas do produto. O mesmo cenário de crescimento também foi observado com o etanol, atingindo a marca de 48 milhões de litros. No caso do biocombustível, o percentual também foi positivo com uma variação de 2% em comparação a safra 19/20.


Com mais de 30 anos de história, safra do milhão era um sonho antigo da cooperativa
Com mais de 30 anos de história, safra do milhão era um sonho antigo da cooperativa - Foto: Divulgação
 

“Essa carga de otimismo que nos move e nos fez conquistar estes números. Acredito que na próxima safra possamos persistir e buscar uma moagem ainda maior e acima de 1,1 milhão de toneladas de cana. Acreditamos muito nos nossos parceiros”, declarou entusiasmado o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos.

De acordo com ele, a marca alcançada de um milhão de toneladas de cana foi conquistada com a participação de todos. “Nossos cooperados, fornecedores de cana, parceiros fornecedores de equipamentos e de insumos que torcem pelo por essa cooperativa e por este exemplo de coletivo que é tão importante para Alagoas e para o Brasil. Essa conquista é um momento de muita felicidade para todos nós. Agora, vamos trabalhar para chegar a dois milhões de toneladas de cana nos próximos anos, aumentando a produtividade dentro de um plano estratégico. Tem muito trabalho a ser feito com variedades novas e irrigações mais eficientes”, afirmou.


Klécio Santos reforça que meta agora é chegar aos dois milhões de toneladas de cana nos próximos anos
Klécio Santos reforça que meta agora é chegar aos dois milhões de toneladas de cana nos próximos anos - Foto: Divulgação
 

Caminhão carregado de cana, que fez Pindorama bater a meta de um milhão de toneladas processadas, foi recebido com festa na usina
Caminhão carregado de cana, que fez Pindorama bater a meta de um milhão de toneladas processadas, foi recebido com festa na usina - Foto: Divulgação
 

Memória

Klécio Santos lembra das primeiras moagens realizadas pela usina da cooperativa, na década de 80. “Éramos uma usina que esmagava uma média de três mil toneladas de cana por dia e fazíamos apenas álcool hidratado. Não produzíamos nem o etanol anidro e nem o açúcar. No máximo, eram processadas 300 mil toneladas de cana por safra. Ao longo desses mais de 30 anos, houve um avanço significativo e dobramos a nossa capacidade de moagem. Hoje, ultrapassamos as seis mil toneladas/dias e produzimos, além do açúcar e do etanol, a levedura”, recordou.

Segundo o presidente da cooperativa, desde o início das primeiras safras da usina, o sentimento de crescimento da unidade industrial de chegar a um milhão de toneladas de cana processadas sempre esteve presente. “Quando eu falava isso, sentia que algumas pessoas achavam que eu era otimista demais. Em dez anos a nossa média de produção chegou a 900 mil toneladas de cana, enquanto isso os primeiros 20 anos era de 300 mil toneladas”, frisou.

De acordo com ele, Pindorama é uma comunidade singular com mais de 31 mil residentes que vive a distribuição de renda e um equilíbrio social. “Não temos miséria aqui em função dessa diversificação de atividade e desconcentração da economia, há uma pulverização do modelo econômico. Somos a única usina no mundo que pertence a 1.050 usineiros. Isso significa que o pequeno organizado pode superar dificuldades”, reforçou.

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